Sinais, sintomas, síndromes, naturezas, enfim...

Há quem não goste de discutir, não há? Ou será que todos têm prazer de fazer passar aquilo em que acreditam, ao ponto de ficar horas a falar sobre o mesmo? É óbvio que, passado algum tempo, o tom de voz utilizado na conversa (ou será que já não se chama conversa?) vai subir exponencialmente... (quem me dera que estivesse disponível aquela rodelinha, que pudesse girar para o lado esquerdo e baixar o volume num instantinho!)
Mas está muito bem, é positivo: é em defesa daquilo em que se acredita!
É para afirmar as suas ideias!
É para revolucionar o mundo!
Há sempre uma causa!
Agora pergunto: Vale a pena? (sempre que faço esta pergunta, não consigo evitar lembrar-me do poema daquele senhor que ainda hoje está sentado em frente à Brasileira, em Lisboa, faça chuva ou faça sol!)
No final, muda alguma coisa? Muda-se de opinião? Justifica-se o desgaste gerado pela discussão, que muitas vezes dura horas a fio, e cujos temas chegam a ser ridículos?!
Senão vejamos: nunca ficaram a discutir com alguém por causa do tipo de letra não ser o mais adequado àquele texto? Ou por ter deixado a secretária desarrumada? Ou porque... enfim, temas não faltam... terão mais ou menos relevo, conforme os padrões de cada um.
Discutir é aprender... se não confrontarmos as nossas ideias com ideias diferentes, estamos tramados, não "saímos da cêpa torta" - para quem não conhecer a expressão, digamos que ficamos sempre na mesma, não evoluimos, não aprendemos nada, ficamos absolutamente na mesma.
É lamentável, não é? Parece até triste, não? Agora vejamos, o desgaste da discussão justifica discutir por situações ridículas durante horas a fio? Não será perda de tempo? Embora conheça as vantagens da discussão e até admire todos aqueles que discutem veementemente, sem sequer vacilar, e consigam ficar as tais horas a fio a defender aquilo em que acreditam (haja convicção!), continuo a acreditar que, se podemos avançar sem grandes discussões, então avancemos.
Talvez seja por isso que, quando não é possível evitar a discussão, o seu efeito seja tão diferente do efeito que tem nas pessoas que já estão "habituadas" a discutir. Pensar e repensar, pensar e repensar, remoer, enfim... São naturezas diferentes. São sinais da personalidade de cada um. São opções que, felizmente, somos livres de tomar!
Entretanto o mundo gira... ou como dizia o António "o mundo pula e avança".

1 comentário:

provoc disse...

Aos poucos se escreve a palavra...
m---e---l---h---o---r---a---n---d---o...