Silly season

Acho que ainda estamos naquela a que, normalmente, chamamos de "silly season".
Quando falei desta expressão, por um momento, pensei:
- É certo que eu acho esta época meia parva - mas a certa altura, questionei-me:
- Por quê esta expressão?
Afinal parece ser mais ou menos consensual que esta é uma época meia parva!
Fui explorar de onde vem esta expressão e parece que vem de terras britânicas, sobretudo da imprensa que, nesta altura do ano, não tem grandes notícias para divulgar e acaba por publicar notícias que, numa outra altura do ano, nunca seriam notícia!
Parece-me que, mesmo por cá, as revistas cor de rosa são mais cor de rosa do que nunca!
Está toda (ou quase toda) a gente no Algarve!
A fazer o quê?
Silly season... mais silly seria difícil!
Dolce far niente...
E sabe tão bem... ahhhh!

E, na minha modesta opinião, também são "muito silly" aqueles comentários do género: Que sorte, de férias! Que vida boa! Etc, etc, etc...
Mas não é toda a gente que, em algum momento da sua vida, dedica o seu tempo ao dolce far niente?
Sendo mais ou menos tempo, sendo melhor ou menos bem aplicado?

Mas, afinal, o que é que sabe melhor na silly season?
Apesar de não estar de férias, beneficiar da silly season.
Como?
Ganhando uma média de uma hora por dia!!
É fabulosa a redução de trânsito que se verifica nesta altura do ano, mesmo contando com aqueles carros matrículas diferentes que não costumam andar por cá noutras alturas do ano!
Os dias passam a ter mais uma hora (que é retirada à soma dos tempos que se gastam no trânsito)!
É absolutamente fabuloso!
Por isso, é que, quando me perguntam:
- Estás de férias?
Eu respondo:
- Não. Mas respondo com um sorriso de quem tem mais uma hora em cada dia para fazer aquilo que me apetecer!


Já vi fazer menos, com mais!

Não há uma segunda oportunidade para causar uma primeira boa impressão!

Hoje, mais uma vez, revelou-se verdade esta célebre frase.

Alguém que chega a um ambiente novo, tudo corre mal e, mesmo assim, consegue virar o contexto e, com atitude, dar a volta por cima!

Quando falta sorte, tem que sobrar a atitude - o azar morre de medo de pessoas determinadas!

Aprecio este tipo de atitude e fico muito contente por perceber que ainda podemos descobrir pessoas assim.

É fazer omeletes sem ovos.
É conseguir que corra bem algo, que tinha tudo para correr mal!

Dá esperança! Dá animação! Dá boa disposição! Faz com que valha a pena!

E a verdade é que já vi pessoas, em contextos em que têm todos os recursos e, mesmo assim, fazem pior figura, porque não conseguem ousar ter atitude... ou seja, já vi fazer menos, com mais!

Não há, de facto, uma segunda oportunidade para causar boa impressão, mesmo em contextos adversos!

P.S. Obrigada F. pela sugestão de inspiração para este papelinho amarelo ;-)

Simples call-center? Ou simplesmente boa educação?

Esta semana, uma amiga partilhou comigo uma experiência que eu não resisto a partilhar num papelinho amarelo, na esperança de que esta partilha possa fazer algum bem ao mundo!
Contou-me que recebeu uma daquelas chamadas de um call-center, desta vez, a propósito de seguros.
Cá vai uma tentativa de reprodução do diálogo:

- XPTO, boa tarde, fala R.
- Boa tarde R., fala D. estou a ligar-lhe a pedido da Seguradora ABCD, como está?
- Estou bem, obrigada. E a D. como está?
- Estou bem, obrigada por perguntar.
- Não tem que agradecer.
- Agradeço, sim. Não é nada comum, quando pergunto às pessoas como estão, devolverem a pergunta!
- Não?! Mas parece-me normal. Faz parte da boa educação.
(...)

A pergunta que se coloca é a seguinte: mas será que temos que achar que as chamadas que recebemos de call-centers são um automatismo que só nos cansa, pela repetição e pelo marketing agressivo que por vezes é utilizado? Ou não será preferível pensar que, do outro lado da linha, estão pessoas que estão a fazer o seu trabalho, desempenhando o seu papel da melhor forma que sabem e, que merecem o nosso respeito, consideração, educação e cordialidade?

Fica esta situação para reflexão...

Obrigada pela partilha, R. Com estas partilhas ajudamo-nos a melhorarmo-nos! ;-)

respira, inspira, expira, transpira...

Nervosa?
Respira... Respira fundo... relaxa... respira fundo e relaxa...
Mais calma?
Nada como respirar, respirar bem fundo e relaxar... relaxar... relaxar....
Respirar... inspirar, expirar, inspirar, expirar, inspirar, expirar, ...
Inspiração.
Inspiração?
Procuro inspiração.
Ou não, talvez não seja verdade que procure inspiração.
Na maioria das vezes, não procuro inspiração;
é a própria inspiração que se cruza comigo.
Gosto de encontrar inspiração, principalmente, nas pessoas: descobrir pessoas inspiradoras, perceber que, hoje, aquela pessoa, foi inspiradora.
É tão bom cruzarmo-nos com pessoas inspiradoras nesta vida!
E, sem terem qualquer consciência disso, simplesmente a viver o seu dia normal, aquela pessoa, naquele momento,
deixa escapar uma frase,
deixa escapar um movimento,
deixa escapar um sorriso verdadeiramente inspirador!
E nós?
O que fazemos perante isso?
Absorvemos essa inspiração.
E depois?
Inspiramos, inspiramos, inspiramos, levamos essa mesma inspiração a outros e...
Contagiamos. Talvez seja necessário transpirarmos para podermos contagiar; ou melhor, talvez seja necessário transpirarmos, para conseguirmos inspirar outros.
E por que não o fazer?
Talvez porque é muito melhor inspirar os outros de forma relaxada, enquanto inspiramos, expiramos, inspiramos, expiramos...
Inspirar com a mesma naturalidade com que respiramos... inspira, expira, inspira, expira, ...